Segundo o administrador de empresas Fernando Trabach Filho, o uso de combustíveis renováveis no transporte público é uma das estratégias mais eficazes para reduzir as emissões de gases do efeito estufa nas cidades. Ao substituir o diesel por fontes mais limpas, como biodiesel, biogás, etanol e até mesmo eletricidade gerada de forma sustentável, é possível transformar o sistema de mobilidade urbana em um aliado do combate às mudanças climáticas.
A matriz energética do transporte público tem impacto direto na qualidade do ar, na saúde da população e no cumprimento das metas ambientais estabelecidas em acordos internacionais. Investir em combustíveis renováveis, portanto, não é apenas uma decisão técnica — é uma escolha estratégica de responsabilidade ambiental e desenvolvimento urbano sustentável.
O impacto do transporte público nas emissões urbanas
Nas grandes cidades brasileiras, os ônibus a diesel ainda predominam no transporte coletivo, contribuindo significativamente para as emissões de dióxido de carbono (CO₂), óxidos de nitrogênio (NOx) e material particulado. Esses poluentes não só afetam o clima, como também causam problemas respiratórios e cardiovasculares, especialmente em populações vulneráveis.

Fernando Trabach Filho aponta que, diante do crescimento da população urbana e da pressão sobre os sistemas de mobilidade, reduzir o impacto ambiental do transporte público se tornou uma prioridade. A introdução de combustíveis renováveis é um caminho viável e imediato para mitigar esses efeitos e promover cidades mais limpas e saudáveis.
Biodiesel e biometano: alternativas acessíveis e de aplicação imediata
Entre os combustíveis renováveis mais utilizados no transporte público está o biodiesel, produzido a partir de óleos vegetais e gorduras animais. Sua mistura ao diesel fóssil já é obrigatória no Brasil, mas algumas cidades e operadoras de transporte têm adotado misturas mais altas ou até o uso exclusivo de biodiesel (B100), reduzindo em até 90% as emissões de CO₂.
O biometano, por sua vez, é obtido a partir do tratamento de resíduos orgânicos e lodo de esgoto, e pode substituir o gás natural veicular com vantagens ambientais. Fernando Trabach Filho observa que o biometano tem grande potencial em regiões metropolitanas com aterros sanitários e redes de esgotamento disponíveis, criando um ciclo virtuoso entre gestão de resíduos e mobilidade urbana.
Etanol e eletrificação com energia limpa
O etanol, amplamente produzido no Brasil a partir da cana-de-açúcar, também é uma alternativa relevante, com tecnologia já dominada e infraestrutura disponível. Ônibus urbanos movidos a etanol operam com menor emissão de gases poluentes e com significativa redução da pegada de carbono.
Outro caminho crescente é a eletrificação da frota, desde que acompanhada da geração renovável da energia utilizada. Segundo Fernando Trabach Filho, a adoção de ônibus elétricos movidos a energia solar ou eólica representa uma solução de longo prazo com impacto ambiental praticamente nulo. Além disso, os veículos elétricos oferecem menor ruído, menor custo de manutenção e maior eficiência energética.
Benefícios ambientais e sociais da transição para combustíveis renováveis
A substituição dos combustíveis fósseis por renováveis no transporte público traz benefícios amplos. A principal vantagem é a redução das emissões de gases do efeito estufa, contribuindo para o cumprimento das metas climáticas nacionais e internacionais. Mas os ganhos vão além: melhor qualidade do ar, diminuição de doenças respiratórias, valorização da imagem institucional dos municípios e estímulo à inovação local.
Fernando Trabach Filho reforça que a adoção de combustíveis limpos também promove justiça ambiental, uma vez que são justamente as regiões mais pobres das cidades as mais expostas à poluição gerada pelo tráfego intenso de ônibus movidos a diesel.
Políticas públicas e financiamento para a mobilidade limpa
Para viabilizar a transição energética no transporte público, é fundamental contar com políticas públicas bem estruturadas. Isso inclui incentivos fiscais, linhas de crédito para renovação de frota, subsídios à operação de tecnologias limpas e exigências ambientais em contratos de concessão.
Além disso, é preciso articular municípios, estados, operadoras de transporte e fornecedores de energia para garantir soluções integradas e eficientes. Fernando Trabach Filho defende que, com planejamento e apoio institucional, é possível escalar o uso de combustíveis renováveis e tornar a mobilidade urbana uma referência em sustentabilidade.
Caminho sem volta: transporte público como protagonista da transição
O futuro da mobilidade urbana será limpo, eficiente e renovável. A adoção de combustíveis alternativos no transporte público não é apenas uma tendência global, mas uma necessidade urgente para reduzir as emissões de gases do efeito estufa e melhorar a qualidade de vida nas cidades.
Fernando Trabach Filho conclui que os municípios que liderarem essa transição estarão mais preparados para os desafios do século XXI. Investir em combustíveis renováveis no transporte coletivo é apostar em um modelo de cidade inteligente, saudável e comprometida com as próximas gerações.
Autor: Dmitry Petrov