Treinar sob pressão é a diferença entre jogar no automático e decidir partidas quando tudo está em jogo. Segundo o empresário Teciomar Abila, a solidez mental não surge por acaso; ela é construída com método, linguagem interna precisa e rotinas de preparação que reduzem a incerteza. Em cenário competitivo, a mente tende a interpretar risco como ameaça; a preparação psicológica transforma o risco em desafio controlável. Ao alinhar respiração e scripts de decisão, o tenista reduz ruídos e executa o essencial.
O objetivo não é eliminar o estresse, mas convertê-lo em energia direcionada para o próximo ponto. A seguir, veja técnicas práticas para dominar partidas decisivas com clareza e controle.
Treinar sob pressão: Rotinas mentais antes do jogo
A preparação começa horas antes do aquecimento. Crie um plano de foco com três pilares: meta de processo (como servir com 70% de primeiro saque), gatilhos de atenção (palavras-chave curtas, como “altura” e “solto”), e protocolo de respiração (4-4-6: inspirar 4, segurar 4, expirar 6). De acordo com Teciomar Abila, a previsibilidade dessas rotinas diminui a variabilidade emocional na entrada em quadra.

Estabeleça também um inventário de recursos pessoais para a partida: forças técnicas (forehand pesado cruzado, slice defensivo), padrões táticos preferidos (saque aberto + bola no corpo) e antídotos emocionais (auto-instruções curtas como “um passo, um alvo”). Antes do jogo, revise esse inventário como um checklist enxuto. A ancoragem em rotinas reduz a dispersão e encurta a distância entre plano e execução.
Foco ponto a ponto e gestão de emoções
Durante a partida, converta cada pausa em um ciclo de reset: respire pelo diafragma, ajuste a empunhadura, fixe um alvo e verbalize um comando simples. Esse microprocesso interrompe a ruminação e devolve o foco ao que é controlável. Conforme expõe Teciomar Abila, vencer a próxima bola é uma decisão de método, não de vontade difusa. Evite narrativas internas absolutas (“estou jogando mal”); troque por diagnósticos observáveis (“estou curto no segundo golpe, empurre mais uma passada”).
A linguagem corporal é ferramenta tática. Entre pontos, mantenha postura ereta, olhar no horizonte e passos firmes; o corpo conversa com o cérebro e sinaliza competência. Estabeleça rotinas do toss e do pré-saque idênticas, para que cada serviço comece num mesmo estado mental. Em devolução, programe uma contagem simples (“um-dois-três” no quique) para sincronizar tempo e reduzir a ansiedade. Use marcadores de atenção externos para lembrar que sua tarefa é concreta e imediata.
Simulação competitiva e preparação para o imprevisto
A pressão gosta de terreno desconhecido; por isso, crie deliberadamente ambientes que estressem a tomada de decisão. Treine games iniciando 0-30 contra, simule tie-breaks começando atrás e pratique séries com tempo reduzido entre pontos. Assim como destaca Teciomar Abila, exposição graduada ao desconforto constrói tolerância e amplia repertório de respostas. Introduza variáveis aleatórias controladas: bolas de velocidade distinta, adversários de estilos opostos e metas específicas por bloco.
Prepare também protocolos para imprevistos. Se a quadra estiver mais lenta, ajuste a altura de passagem da bola e adote construção em três golpes. Se o adversário mudar o padrão, registre a virada em um “caderno tático mental”: padrão que entrou, padrão que saiu, resposta a testar no próximo game. A flexibilidade com método preserva a identidade de jogo sem cair na aleatoriedade.
Pressão como aliada estratégica
Em suma, treinar sob pressão é arquitetar um sistema que transforma ansiedade em ação objetiva. Rotinas pré-jogo criam previsibilidade, ciclos de reset mantêm o foco no ponto seguinte e simulações estratégicas ampliam a tolerância ao imprevisto. Ao integrar respiração, linguagem interna e padrões táticos de alta confiança, o tenista joga com clareza quando o placar aperta. Como pontua Teciomar Abila, consistência mental é competência treinável, mensurável e replicável.
Autor : Dmitry Petrov










