Fernando Bruno Crestani destaca que a economia circular aplicada à construção civil representa uma nova era de desenvolvimento sustentável para o setor imobiliário. Ao adotar esse modelo, as incorporadoras e construtoras podem reduzir desperdícios, reutilizar materiais e minimizar impactos ambientais ao longo de todo o ciclo de vida das edificações. Com isso, a construção civil torna-se mais eficiente, econômica e alinhada às exigências ambientais e sociais contemporâneas.
Esse conceito propõe uma mudança de paradigma, saindo do modelo linear tradicional — extrair, produzir, descartar — para uma abordagem que valoriza a reutilização e o reaproveitamento. Essa transição cria oportunidades estratégicas para o setor imobiliário, que pode oferecer empreendimentos com menor pegada ecológica e maior apelo junto a consumidores conscientes. Ademais, a economia circular estimula a inovação nos processos construtivos e no design arquitetônico.
Como a economia circular transforma a construção civil?
A aplicação da economia circular na construção civil modifica profundamente as práticas do setor, incentivando o uso de materiais recicláveis, a modularidade e a durabilidade das estruturas. Isso não apenas reduz os impactos ambientais, mas também gera valor econômico por meio da eficiência no uso dos recursos. De acordo com Fernando Bruno Crestani, a incorporação desses princípios permite uma gestão mais inteligente dos insumos e maior controle sobre os resíduos gerados.
Além disso, a circularidade promove o uso de tecnologias que facilitam a desmontagem e a separação de materiais ao fim da vida útil de uma obra, permitindo sua reintrodução no mercado. Essa prática reduz a dependência de matérias-primas virgens e fortalece cadeias produtivas locais. Portanto, a economia circular se mostra não apenas viável, mas altamente benéfica para o desenvolvimento sustentável da construção.
Oportunidades no setor imobiliário com práticas circulares
Ao adotar a economia circular, o setor imobiliário pode se destacar por oferecer soluções mais sustentáveis e atrativas ao mercado. A reutilização de componentes, o reaproveitamento de demolições e o uso de fontes renováveis tornam os empreendimentos mais competitivos e ambientalmente responsáveis. Fernando Bruno Crestani frisa que, ao incorporar esses diferenciais, as empresas ganham valor de marca e aumentam sua atratividade junto a investidores.

Outro aspecto relevante é o potencial de redução de custos operacionais, uma vez que materiais reutilizáveis podem ser mais baratos e menos sujeitos à variação do mercado. A adoção de estratégias circulares também pode facilitar a obtenção de certificações ambientais, cada vez mais exigidas em licitações e financiamentos. Assim, o setor imobiliário passa a integrar objetivos econômicos e ambientais de forma estratégica e harmônica.
Desafios e soluções para implementação da economia circular
Apesar das inúmeras vantagens, a adoção da economia circular na construção civil enfrenta alguns desafios, como a resistência à mudança e a ausência de uma cadeia de suprimentos estruturada para materiais recicláveis. Fernando Bruno Crestani aponta que a superação dessas barreiras exige investimentos em capacitação técnica, planejamento e parcerias entre diversos agentes do setor.
No entanto, algumas soluções já estão sendo adotadas, como a criação de bancos de materiais, plataformas de compartilhamento de recursos e uso de ferramentas digitais para rastreamento de insumos. Essas iniciativas facilitam o reaproveitamento e promovem a transparência na gestão dos recursos. A médio e longo prazo, essas práticas tendem a se consolidar como padrão na indústria da construção civil, promovendo uma transformação profunda no setor.
Futuro sustentável com a integração da economia circular
A perspectiva para os próximos anos é de crescimento contínuo da economia circular na construção civil, especialmente em resposta às exigências legais e às demandas por práticas sustentáveis. Fernando Bruno Crestani comenta que esse movimento representa uma oportunidade única para reestruturar o setor com base na responsabilidade ambiental, inovação e competitividade.
Empresas que liderarem esse processo terão vantagem estratégica, tanto no mercado interno quanto internacional. Ao transformar resíduos em recursos e obras em sistemas circulares, o setor imobiliário poderá contribuir significativamente para um futuro mais resiliente e equilibrado. A construção civil, ao adotar esse modelo, se posiciona como agente ativo na transição para uma economia mais inteligente e regenerativa.
Autor: Dmitry Petrov
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