Como menciona o fundador Aldo Vendramin, o Freio de Ouro é muito mais do que uma competição, é uma celebração da cultura gaúcha e da funcionalidade da raça crioula. Realizado anualmente, o evento reúne os melhores cavalos e ginetes da América do Sul em uma disputa que exige habilidade, resistência e harmonia entre homem e animal. Cada etapa da competição é um verdadeiro espetáculo, formando uma narrativa em sete atos que consagra os campeões não apenas pela técnica, mas também pelo espírito de superação.
Mergulhe nos bastidores dessa jornada e descubra como cada prova transforma esforço e tradição em um espetáculo inesquecível!
O que torna as etapas do Freio de Ouro tão desafiadoras?
O Freio de Ouro é composto por provas que testam diferentes atributos dos cavalos e dos ginetes, tornando a competição uma das mais completas do mundo. Tudo começa pela avaliação de morfologia, onde os animais são analisados conforme os padrões da raça crioula. Segundo Aldo Vendramin, esse primeiro desafio é fundamental, pois assegura que apenas os exemplares mais equilibrados, corretos e representativos avancem para as etapas funcionais.

Após essa fase, inicia-se a avaliação das provas de campo, que simulam situações reais da lida campeira. Exercícios como esbarradas, voltas sobre patas e recuos testam agilidade, obediência e domínio do conjunto. Cada movimento precisa ser preciso, pois qualquer erro pode custar pontos preciosos e afastar o sonho da consagração. É uma combinação de força, leveza e técnica que impressiona o público e os jurados.
O auge da adrenalina acontece nas provas de gado, como a paleteada e a prova Bayard/Sarmento. Nelas, o cavalo precisa demonstrar coragem, velocidade e capacidade de trabalhar em sintonia com o ginete em um cenário dinâmico e desafiador. Esse conjunto de etapas evidencia que o Freio de Ouro não se trata apenas de beleza, mas de funcionalidade e tradição viva.
Como cada etapa contribui para a coroação do campeão do Freio de Ouro?
Cada fase do Freio de Ouro é planejada para avaliar diferentes características que, juntas, definem um cavalo completo. A morfologia verifica a estrutura física, a base sobre a qual a funcionalidade se sustenta. Um animal bem conformado tem mais chances de suportar o desgaste físico das provas subsequentes, garantindo equilíbrio entre estética e desempenho.
As etapas intermediárias testam habilidade e temperamento. Provas como a figura, que exige mudanças rápidas de direção, revelam a docilidade e a inteligência do cavalo, assim como a técnica do ginete. Como destaca o fundador Aldo Vendramin, essa interação é um dos pontos altos da competição, pois traduz a essência da doma racional e do treinamento que respeita os limites do animal.
Por que o Freio de Ouro é considerado um símbolo da cultura campeira?
O Freio de Ouro é muito mais do que um campeonato; é um patrimônio cultural que reflete a história e os costumes da vida no campo. Cada prova carrega elementos da lida diária, como condução do gado e manejo em situações adversas, transformando habilidades práticas em esporte e espetáculo. Essa conexão com a realidade torna a competição um orgulho para criadores, ginetes e admiradores da tradição gaúcha.
Além da funcionalidade, o evento preserva símbolos culturais, como a vestimenta típica dos ginetes, a música tradicionalista e a hospitalidade presente nos bastidores. A arena do cavalo crioulo é um espaço onde a técnica encontra a tradição, reunindo milhares de pessoas em celebração à herança campeira. Essa atmosfera única faz do Freio de Ouro um evento que transcende o esporte.
Por fim, Aldo Vendramin ressalta outro aspecto essencial: o impacto social e econômico da competição. Ao reunir criadores, profissionais e admiradores da raça crioula, o Freio de Ouro movimenta a economia rural e impulsiona o intercâmbio cultural entre países da América do Sul. Dessa forma, o evento vai além da valorização do cavalo crioulo, tornando-se um guardião de um modo de vida que compõe a identidade regional e mantém vivas as tradições campeiras.
Autor: Dmitry Petrov